O primeiro dia de serviço da Uber em Pelotas foi de intenso movimento. Os celulares dos motoristas não pararam de apitar em função das chamadas pelo aplicativo (app). Em alguns momentos nem funcionou para os clientes. De acordo com um condutor, cerca de 12 carros estavam em circulação, total de que deve aumentar, face à intensa procura.

A reportagem do Diário Popular fez uma corrida do prédio sede do Jornal, na rua 15 de Novembro, 718, até a Rodoviária. A corrida custou R$ 10,00 com os 30% de desconto aplicados pelo serviço. Teria dado R$ 14,40 em bandeira I no táxi convencional. O carro que atendeu o DP foi um Lyfan sedan, com ar condicionado e wi-fi. O motorista contou que a partir dos próximos dias já terá balas e água gelada para os clientes, pois instalará um frigobar.

Também pretende colocar uma tomada, pois uma passageira que ia viajar queria secar os cabelos e não pôde. Para melhor atender à clientela, Luís Renato Ribeiro, 55, vai providenciar o que lhe foi solicitado. Ele transporta passageiros há 27 anos. Já foi taxista e há dois trabalha por conta. Já estava inscrito na Uber, mesmo antes do serviço iniciar na cidade. Está satisfeito com o resultado do primeiro dia do serviço em Pelotas e considera que para não haver conflito com os taxistas, os profissionais da Uber não devem pegar passageiros em pontos de táxis e em festas, até por respeito à categoria.

O diretor financeiro do Sindicado dos Taxistas, Inildo Rediess, relata que a Uber não alterou em nada o trabalho dos taxistas nesta sexta-feira e que é um serviço que está chegando em todas as cidades. "Alegam que são qualificados, mas quem fiscaliza eles? Todo transporte público tem que ser fiscalizado", observa. Acredita que pelo preço diferenciado vai ser difícil para os motoristas manterem os carros com a gasolina no valor que está.